C CASA QUIETA: dezembro 2009

domingo, dezembro 13, 2009

CHÃO


Na cor destas vidas juntas de tudo um pouco,com o pouco de cada um nada resta para mim.Acabar sozinho neste muro de vazios incostantes,de vozes malucas num aperto de um grito,nada e nada demais me interessa.Penso que sou único no pensar que pensar não é para mim,que a vida toca-me demais e deixa assim este corpo,cheio de feridas sem cura.
Não pertenço aqui,não vim aqui só por dizer que não,não sei o que faço aqui?alguém sabe?vou acabar sozinho no nada,à espera do outro dia que foi ontem e no amanhã que já foi.Ficas aí nesse chão encoberta do nada para nada,fico doido de tanto prazer e raiva de não te ver,sai daqui,não desculpa podes ficar,tou a gostar,desculpa fica mais um pouco dá um pouco de ti liberta-te.Não quero acabar sozinho fica...

segunda-feira, dezembro 07, 2009

DESERTO


O tempo não deixa que termine,este sopro de ansiedade em que o vento teima empurrar os pensamentos para o deserto com grãos de areia cheios de dores de cabeça,farto de caminha por aqui e ali como um louco sem nada para ver ou fazer.Tenho muitas dúvidas no oasis no qual vejo o meu reflexo,não entendo a imagem,a água esta turva de tantos nadas e de outros tantos tudos,será miragem ?
Não espero mais pela luz o dia vai cair e mais uma noite aqui nestas paredes envolto por uma janela de pensamentos no deserto de um só grão de areia.